Unidos da Tijuca retoma fôlego e reacende esperanças com minidesfile intenso
A recuperação de ritmo, emoção e organização dá sinais claros de que a escola está se preparando para um desfile oficial forte em 2026
A escola entrou na pista com um enredo poderoso sobre Carolina Maria de Jesus e logo deixou transparecer a força da narrativa: alas coreografadas traduziam com dignidade a luta e a garra da homenageada, criando imagens de impacto que dialogaram com o público.
A comissão de frente, comandada pelas coreógrafas Ariadne Lax e Bruna Lopes, trouxe teatralidade e expressividade, com performance de impacto que galvanizou aplausos e abriu o desfile com emoção.
O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Matheus André e Lucinha Nobre, dançou com sintonia crescente, mostrando evolução e segurança — a valsa na segunda parte do samba evidenciou confiança e harmonia entre os dois.
Apesar de um início mais contido — com a evolução levemente arrastada e um pequeno contratempo no som do intérprete Marquinho Art’Samba — a escola se acertou com o passar da pista, ganhou fôlego e encontrou ritmo e coesão. A bateria sob comando de Mestre Casagrande entregou pulsação firme, e o samba-enredo se impôs com força, colocando a escola de volta ao jogo.
No clímax, a comunidade cantou junto num coro intenso, a harmonia se consolidou e o conjunto evoluiu de forma organizada, compacta, carregando alma e entrega. A apresentação veio como sinal claro de que a Unidos da Tijuca quer — e pode — escrever um novo capítulo na maratona até 2026.

