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Jeito felino e provocador: a Imperatriz Leopoldinense reafirma seu projeto artístico com evolução e canto fortes

Na rua, em Ramos, a escola mostrou comissão de frente potente, casal em sintonia e comunidade cantando como se já fosse desfile principal

Na terceira noite de ensaio de rua, a Imperatriz Leopoldinense transformou a Euclides Faria em palco de afirmação. A comissão de frente surgiu com presença imponente, traduzindo a proposta libertária do enredo de forma visual e coreográfica. Ao lado, o casal de mestre-sala e porta-bandeira desfilou com sincronia e estilo próprio, revelando o rigor de quem se prepara para disputar com seriedade. A música da escola ganhou corpo e alma quando a comunidade respondeu — alto, em coro, com vigor — e dissipou qualquer dúvida sobre o potencial do samba-enredo para 2026.

O ensaio confirmou que organização e leveza podem caminhar juntos. A evolução fluiu com segurança, sem atropelos, e a escola exibiu uma maturidade estrutural surpreendente para o momento de preparação. As alas se movimentaram com propósito, o chão respondeu firme, e o conjunto mostrou que o projeto artístico não é apenas discurso — está sendo colocado em prática. A voz da comunidade amplificou cada verso e refrão, evidenciando que o canto já se corporificou na escola como força visceral.

Ao final, ficou clara a sensação de que o desfile não está longe: a escola que em Ramos ensaiou, cantou e exibiu potencial, entra no ciclo de 2026 com convicção. O “jeito felino” não é apenas metáfora — é comportamento, presença, atitude. E a Imperatriz Leopoldinense, com essa entrega visceral e artística, demonstrou que está pronta para rugir em avenida.