Noite de irmandade: Salgueiro abre sua quadra para a Imperatriz Leopoldinense
O sábado promete ganhar o vermelho vivo da Silva Teles quando o Salgueiro recebe a Imperatriz Leopoldinense para uma celebração que começa às 20h30, embalando a quadra com pagode, roda de amigos e a expectativa que só um encontro entre grandes escolas desperta. Antes da visita ilustre, o próprio Salgueiro toma o palco com seu show, costurando vozes, dança e a cadência da bateria que prepara o terreno para a noite ganhar corpo.
É depois desse primeiro mergulho que a Imperatriz atravessa o espaço e escreve um novo capítulo dessa parceria carinhosa entre Ramos e Tijuca. A verde e branca chega com sua delicadeza marcante, com a força de seus intérpretes e o calor da comunidade que a acompanha. Cada apresentação é mais que música: é declaração de afeto, é reverência ao legado que ambas constroem há décadas.
No encontro, o que se vê não é disputa, mas cumplicidade. Duas escolas dividem o mesmo teto, o mesmo ar, a mesma vibração, e fazem do sábado uma celebração que anuncia o que está por vir nos desfiles. O público participa desse abraço compartilhado, testemunhando a beleza de quando o samba se reconhece no outro — e celebra.

