CARNAVALDESTAQUES.NOTÍCIASPOR AÍ

Beija‑Flor de Nilópolis grava samba-enredo e transforma ancestralidade em canto que atravessa Nilópolis e a Bahia

A escola une Baixada Fluminense e memória afro-baiana em obra que se prepara para ecoar na avenida

A Beija-Flor de Nilópolis completou uma etapa simbólica em sua rota para o Carnaval 2026: a gravação oficial do samba-enredo que trará à Sapucaí a celebração da ancestralidade que percorre a Baixada Fluminense até o Candomblé da Bahia. A obra foi registrada com participação da comunidade, da bateria, dos intérpretes e reafirma a missão da escola de dar voz às raízes negras que sustentam o samba popular.

O tema escolheu como fio narrativo a herança afro-brasileira e a festa que se realiza na Bahia, colocando Nilópolis como ponto de partida e a Bahia como coração de resistência e celebração — uma história que se canta, se dança e agora se grava. A escola entende que cada compasso, cada verso e cada gravação antecipam o desfile: a batida já começa fora da avenida.

Na quadra da escola, o clima foi de emoção e expectativa. Integrantes de alas, ritmistas e compositores se uniram para ouvir a primeira versão da obra, que vibrou como coro comunitário e promessa de espetáculo. A Beija-Flor reafirma sua crença: o samba não é apenas som — é ancestralidade, é identidade, é presença. E o enredo de 2026 será esse manifesto.